terça-feira, 31 de maio de 2011

Cama dos pais prazer ou dor de cabeça? A cama que é sempre melhor que a minha!

Olá caros leitores, este mês irei discorrer sobre algo que, em um período do ano (maio a agosto mais ou menos), vira rotina na casa de muitos de vocês. Com quedas de temperatura e feriados prolongados, quantas famílias foram surpreendidas com as frases?:

  • “Mãe... Pai... posso dormir na sua cama?”
  • “Ai amor, deixa ele aqui, coitado, tá muito gelado pra ele ficar no quarto dele sozinho, e é só esta noite que ele tá com febre...”... tempos depois...”Não falei, antes não tivesse trazido aquela noite, agora ele não sabe mais o que é a cama dele há meses...”
  • “Não tem jeito, já tentamos, mas ele não acostuma a dormir na cama dele”
  • “Há meses meu marido dorme na cama do meu filho, os três na cama não cabe mais, ele está crescendo e não quer dormir na cama dele”.
  • “Bem o jeito foi colocar um colchão ao lado da cama... “A vida conjugal? Adeus... ele acorda de meia em meia hora... cada hora com uma desculpa”
  • “Desde o divórcio, trouxe meu filho para dormir comigo. Agora iniciei um relacionamento, enfrento um atrito aos finais de semana, quando meu namorado dorme em casa, mas ele entende, e sabe que durante a semana a cama é minha e dele. Já acostumamos assim e não vejo problema nenhum...só temos atrito, quando meu namorado vem pra casa durante a semana”.
  • “Depois da separação, pego meu filho aos finais de semana, e ele dorme comigo... Esta é a maneira que vejo para ele se sentir mais próximo a mim...”
  • “Já é tradição: inverno, família reunida todos os dias, várias cobertas e aos finais de semana... guerra de travesseiros! Sempre muito bom, o ruim é voltarmos ao normal quando chega o verão, transpiramos bastante e nos espalhamos na cama!

E parece que estou vendo vários de vocês balançarem a cabeça ou dar aquela “risadinha amarela”. Não se envergonhem, esta foi, é e será a realidade de muitas famílias mundiais. Já vi documentários, recebi em Consultório e li sobre o tema e não é raro, trata-se de uma prática de cerca de 35% das crianças, segundo o psicoterapeuta Roque Theophilo, autor de “O Amigo Psicólogo”. O texto deste renomado autor, sobre o tema, pode ser encontrado na integra em: http://www.psicologia.org.br/internacional/ap37.htm muito interessante e detalha o que discorro aqui, com grande propriedade. Sugiro a leitura para quem queira se interar um pouco mais sobre o tema e complementar o que trago aqui.

Acredito que não existam temas (e este é um deles) que se estanquem, principalmente quando o assunto é Desenvolvimento e Saúde Emocional da Primeira Infância, por isso, falar de filhos que buscam a cama dos pais é falar também de limites. Realmente, o frio e o aconchego clamam por esta situação. Mas a questão é que vivemos estações climáticas e o inverno acaba, mas o carinho, a maciez do colchão e o cafuné dispensados pelos pais aos filhos, não. Portanto, a Primavera chega, o clima começa a esquentar, dormir agarradinho já não é o melhor negócio, e deixar a cama dos pais... nem pensar... Daí surgem situações-problema e soluções infundadas, ou uma verdadeira “guerra” para que os filhos não fiquem em suas camas, ou sai o pai e vai para a cama do filho.

A “Guerra de Travesseiros” é a única que devemos levantar a bandeira favoravelmente. É muito saudável, é talvez um dos momentos de interação familiar mais prazerosos para a criança e deve existir sim. Dia desses li uma reportagem na Revista Crescer falando sobre o tema, em que especialistas afirmam que é o momento de lazer mais barato e qualitativo que há... afinal as recordações são sempre as melhores. Também aos pais, que por momentos, deixam de lado o stress da semana para interagir descompromissadamente com os filhos. Pratiquei com meus pais, seguido de um saudável café da manhã e das corridas e torcidas por Ayrton Senna na TV, todos juntos na cama – tenho excelentes recordações.

Mas minha preocupação está no ponto em que uma alteração vira rotina, em que o saudável torna-se incômodo e irreversível. Durante o inverno existe um dia denominado “12 de junho”. O que fazer? O que vocês dirão aos rebentos?: “Olha filho, hoje tá frio, sua cama é gelada, mas você tem que dormir lá” Ah! desculpe, esqueci dos maridos românticos nesta data e a saída estratégica para a casa da avó. Mas e aquele dia em que não há nada de especial, mas “pinta aquela vontade”, espera ele dormir para levá-lo à cama dele? (e, misteriosamente ele não dorme, ou quando dorme vocês colocam na cama ele acorda!).

Isso sem contar que, voltando um pouco no tempo, recordem-se do período em que foi confirmada a gravidez até a ida à Maternidade. Vocês idealizaram e mobiliaram um quarto com berço, enfeites, babá eletrônica, tudo de mais belo. E agora, este quarto é simplesmente um depósito de roupas e brinquedos. Seu filho não dorme no quarto dele, porque vocês não conseguem impor o limite de que cada um deve ter o seu espaço, e que o mesmo deve ser respeitado.

Certa vez recebi em meu Consultório uma criança com a queixa de agressividade. Em entrevista descobri que os filhos dormiam no mesmo quarto que os pais e a mãe disse que o casamento estava fracassado e quando havia algo entre o casal, ocorria em alta madrugada e as crianças já estavam dormindo. Por outro lado, a criança, contando-me histórias, projeta, quando vê dois ursos em uma caverna lado a lado, que o urso estava em cima da ursa, ela chorava, dizia ai, mas pedia para ele não parar. Conseguem ligar os fatos? Claro, este foi um dos casos que soube, apesar de ter lido um artigo da Associação Médica Brasileira que revela um estudo de 18 anos, com 25 famílias e afirma que não há porque se preocupar com o distúrbio de sono dos filhos que dormem em suas camas e vida conjugal sexo, mas não vejo assim.

Existem casos e casos. Há milhares de famílias que dividem com 5 filhos o mesmo cômodo. Mas aqui, a questão não é esta, busco conscientizá-los de que o espaço desde bebê deve existir e ser respeitado dentro da família. Como? Através dos limites, das regras e da rotina, desde pequenos. A saudável bagunça do final de semana é necessária, mas somente aos finais de semana e não em todos.

Os pais separados, que não sabem o que a vida e o destino lhe reservam, podem assumir um novo e definitivo relacionamento e já imaginaram como ele será visto pelo filho de vocês: “Aquele que ‘roubou’ o meu lugar na cama da minha mãe ou do meu pai?“. Além do fato de que a separação traz consigo o vazio, o “estar só”, o querer um “preenchimento” para “todos” os vazios; no entanto, não podemos esquecer que a separação ocorreu entre o homem e a mulher e a criança é apenas fruto desta relação acabada, portanto, ela não é e não será jamais o “espaço vazio deixado pelo sexo oposto”. O filho jamais ocupará na cama o espaço do pai ou da mãe. É preciso, que seja montado o espaço dele na casa do pai e da mãe. Mesmo que estes tenham retornado à casa dos pais e que não haja mais um quarto disponível à criança, que sejam colocadas duas camas de solteiro e não uma de casal, esta distinção precisa ocorrer.

E “aquela vontade” necessária à vida do casal deve existir, mas não deve vir acompanhada de uma desnecessária preocupação para retirada estratégica dos filhos da cama naquela noite.

E vocês devem estar se colocando em algumas das situações citadas e dizendo: “é mais falar é fácil...”. sim, sei que não é, mas as crianças também entendem e “obedecem” a “combinados”, ou seja, conversem sobre o momento do dormir como necessário ao descanso do corpo e dormindo juntos, haverá sempre a preocupação de que vocês podem machucá-las, ao mexer-se durante a noite, e que no dia seguinte é necessário estar com o corpo descansado para o trabalho e para a escola. Portanto, “combinem” com ela a ida para cama apenas nos dias em que não haverá trabalho nem escola, sextas e sábados, assim, eles começaram a entender o espaço deles. Retomem a questão das historias infantis a noite. Como dica, tive em mãos outro dia, com um livro ótimo chamado “365 historias para sonhar”, que já está em sua segunda edição, Catherine Tessandier, Ed. Ciranda Cultural, não sei se vocês conhecem, é muito bonito, ilustrado e vale a pena, até para retomada da questão: “Vamos para seu quarto, leio uma historia para você dormir”.

Agora também me remeto a casos, onde pais trabalham fora de casa durante a semana e retornam na sexta-feira. Um outro problema, afinal os filhos podem vê-lo não como aquele pai que sente saudades e quer curtir o final de semana e sim, como não querendo que a sexta chegasse, pois ele, sem “jeito nenhum” não admite a presença dos filhos na cama e as noites de sexta acabam virando uma verdadeira “noite do terror”, com choro, gritarias e tudo mais... bem saudável não é?

Cientes de que suas camas são quentes, aconchegantes e que seu quarto é sim o seu espaço e é nele que seu mundo será constituído e consolidado, o senso de responsabilidade da criança poderá ser melhor trabalhado desde já. Sem traumas e experiências dramáticas a todos.

Bom sono a todos. Boas noites quentes... e cada um em seu espaço, com respeito, regras, limites e salubridade, sem traumas, sem stress... afinal a “cama dos pais será eterna e infinitamente melhor que a nossa”, mas nada melhor do que dormir esparramado, sem limite de espaço para sonhar...

E, se me permitem, uma homenagem ao autor aqui citado, falecido no ultimo mês de março, encerro com uma frase dele: “saber dizer Não na hora certa é um ato que longe de provocar constrangimento aos pais estará autenticando a sua verdadeira vocação de educador”

Valesca Souza

Psicóloga Clinica – Especialista em Neuropsicologia

e-mail: valescasouza@gmail.com

terça-feira, 10 de maio de 2011

DIA DAS MÃES NA ESCOLA

NO SÁBADO, DIA 07 DE MAIO, COMEMORAMOS NA ESCOLA O DIA DAS MÃES.
FOI UM ENCONTRO MUITO BACANA, ONDE TIVEMOS A PARTICIPAÇÃO DA MAIORIA DAS MÃES, SEMPRE ACOMPANHADAS DOS PAIS QUE SEMPRE NOS PRESTIGIAM.
NESTE DIA FIZEMOS UM DELICIOSO CAFÉ DA MANHÃ PARA RECEBÊ-LAS, DEPOIS TIVEMOS UMA APRESENTAÇÃO DAS CRIANÇAS E POR FIM ENTREGAMOS UMA CESTA DE CAFÉ DA MANHÃ COM UM CD COM MÚSICAS E MENSAGENS ESPECIALMENTE PARA ELAS.
ESPERAMOS QUE TENHAM GOSTADO E AGRADECEMOS A PRESENÇA E PARTICIPAÇÃO DE TODOS.
AGORA É HORA DE PENSAR NOS PREPARATIVOS DA NOSSA FESTA JUNINA.
ATÉ LÁ!

DIREÇÃO E EQUIPE NOSSO CANTINHO

FOTOS DO DIA DAS MÃES



















quarta-feira, 4 de maio de 2011

BULLING: MAIS UM TEMA QUE CLAMA PELO DIÁLOGO!


Pai, meu amigo me chamou de gordo”

“Mãe, todos riem de mim, porque sou o mais alto e sempre o ultimo da fila”

“Pai, quero mudar de escola, meu amigo tira sarro porque sou o único BV (Boca Virgem)”

“Mãe o que é CDF? Meus amigos só me chamam assim, quando recebo as notas”

“Mãe, quero tomar remédio para crescer, não agüento mais os meninos me chamarem de anã”

“Pai, meu amiguinho disse que não vou à festa dele, porque lá não entra preto”

“Fui excluída do grupo porque não quis beber cerveja”

“Pai, pede para a tia me mudar de sala...” “Por que meu filho?” “Meu amigos estão me chamando de fundo de garrafa, só porque tenho que usar óculos”

“Pai quero me matricular no jazz...” “Você está louco menino? Seu lugar é no judô”

É... a lista é longa...

Os pais classificam como “tolices”. As crianças e adolescentes sofrem e tendem a se calar. A Coordenação da Escola, em alguns casos, não se atem ao “quietinho” que senta no canto da sala e de uma hora para outra deixa de participar das aulas. A apatia toma conta do aluno, os dias passam, os meses se estendem, a mudança de ano é só uma soma... e lá na frente... a bomba: “Massacre em uma Escola em Realengo – RJ”. A repercussão mundial de um trágico episódio traz à luz um tema vivido há anos, por inúmeras famílias, mas que o descaso, descompromisso e falta de diálogo familiar e escolar, podem levar a um final, insano e jamais relacionado a frases isoladas, ouvidas em um passado não muito distante, com um pedido de socorro.

Minha vontade de vir ao papel lhes apresentar e alertar para este tema, já vinha bem antes do inesquecível 07 de abril de 2011, um dia que, certamente, não sairá da memória de muitos de nós, das famílias sofridas e de milhares de pessoas, que, isoladas, em seus lares, vivem esta realidade e se calam, por medo, preconceito e outros fatores. É preciso esclarecer e relatar aos filhos (com a clareza pertinente à sua faixa etária), o que se passa, para nos apropriarmos das reações e comentários que as crianças fazem diante de uma explicação de pais e professores. Às vezes, diante de uma cena vista na TV e comentada, tomamos conhecimento de que algo semelhante pode estar ocorrendo com “um dos nossos”, e que, até então, não estávamos atentos.

Bullying” – palavra da “moda”, atualmente, muitíssimo explorada.... de origem inglesa, sem tradução no Brasil é utilizada para qualificar comportamentos violentos no âmbito escolar de meninas e meninos. Há algumas traduções para o termo bully: indivíduo valentão, tirano, mandão, brigão. A Expressão “Bullying” corresponde a um conjunto de atitudes de violência física e/ou psicológica de caráter intencional e repetitivo, praticado por um bully contra uma ou mais vitimas que se encontram sem a possibilidade de defesa.

Segundo Ana Beatriz B. Silva, autora do livro “Bullying – mentes perigosas na escola”, o que antes era algo sem definição especifica, hoje tem nome, sobrenome, descrição e reconhecimento psicossocial. Para a autora, é na escola que iniciamos nossa longa jornada rumo à via adulta, mas o Bullying não pode mais ser tratado como um fenômeno exclusivo da área educacional. Hoje é definido como um problema de saúde publica. A falta de conhecimento sobre a existência, funcionamento e conseqüências deste propiciam o aumento desordenado no número e na gravidade de novos casos e nos expõe a situações que poderiam ser evitadas.

Não canso de dizer que os quietinhos me preocupam muito mais do que os “tagarelas” e apontados “hiperativos” – que também não me fogem aos olhos. Mas, com os quietinhos não se sabe o que acontece, por onde andam e o que pode passar por estas “cabecinhas”. Porém também se sabe que os “Bullies” não se concentram apenas nas escolas, eles crescem e covardemente “agridem” os “estruturalmente mais enfraquecidos”: como um chefe, que humilha, verbalmente, sem motivos um funcionário em cargo inferior ao seu, mediante um simples erro; como um pai, que rebaixa a estima do filho – vocês se lembram do personagem Saulo, do ator Werner Schünemann, na novela Passione? O quanto ele “denegria” e humilhava seus filhos? E vejam como uma pessoa vitima de Bullying pode chegar aos mais diversos extremos, tanto que nesta mesma novela, um de seus filhos, Danilo, personagem do ator Cauã Raimon, teve como um dos fatores de sua “entrada no mundo das drogas” as banalizações sofridas pelo pai.

Com este “bate papo” não almejo que pais recorram à Escola quando simplesmente ouvirem do filho: “Fulano não é mais meu amigo, e disse eu não vou mais brincar com ele” – isso não é Bullying, a faixa etária também nos permite colocar que as crianças entre 04 e 06 anos estão firmando sentimentos e começam a fincar as noções de amizades, o gostar e melhor se identificar.

Levantar a hipótese de Bullying vai além do simples comentário. Uma criança dá “pistas” do sofrimento iminente. “Anuncia” que algo não vai bem, através até, de sintomas psicossomáticos, como: cefaléia, dificuldade de concentração, diarréia, crises de asma (antes não existentes), pedidos recorrentes para não ir à escola. E os pais, às vezes, despercebidos deste movimento, chamam de “frescura”, e o obriga ir à escola. O que pode, inclusive levá-lo a um outro comportamento, a Síndrome do Pânico (Fobia Escolar). Vemos os agressores dentro de casa, desde a infância, cometendo atrocidades, como maldades com o irmão mais novo, com o rabo do gato... E depois de crescidos, usam da banalidade para agredir homossexuais e atear fogo em mendigos dormindo... em nome de um vandalismo que poderia ser freado quando pais apenas contavam aos amigos, achando graça, e “pseudo orgulhosos”, as peripécias do filho...

A Escola deve estar ciente dos passos de seus alunos... “ariscos” e “tímidos”. E os pais devem estar nesta parceria, comentando movimentos observados em casa, como fonte de pesquisa na Escola também. Pois o filho não se torna quietinho apenas em casa ou peralta apenas na escola. Ele é um Ser Humano, portanto, único em seus atos. Claro, que em casos de outras patologias (como a Psicose) isso pode acontecer, mas não como o foco que aqui trago.

Em seu livro, Ana Beatriz fornece uma lista tanto dos sintomas apresentados pelos “agredidos”, como pelos “agressores”. Meu momento aqui é apenas o de alerta, pois o tema não se esgota nestas poucas linhas. A sociedade de tempos atrás não nos trazia este cenário, os “acessos” a detalhadas informações eram limitados, não se falava em agressão e atrocidades, achando-se graça (éramos severamente punidos por nossos pais). Hoje tudo pode, não se limita um filho ao que moralmente irá definir seu caráter. Uma sociedade permissiva gera “Bullies” a cada esquina, e depois, estampa manchetes com casos cada vez mais avassaladores de suas vitimas.

Ao mesmo tempo, não devemos pender às “tendências” da sociedade e nos calarmos diante de uma morte justificada. “Ah, ele sofreu “Bullying” na infância, por isso matou”. Não podemos permitir que “os nossos”, matem e morram lá na frente, em nome da omissão, falta de tempo, excesso de trabalho, ascensão pessoal e profissional, desvalorização da fala de um filho, ou da super valorização de suas “insanas qualidades” de hoje. É preciso dialogo, companheirismo, cumplicidade, participação ativa de sua vida escolar, observação de alterações comportamentais, atenção às mudanças bruscas no circulo de amigos, punição, regras e limites em todos os momentos, sob todos os aspectos. Mas é preciso preparação e informação da Escola, sem temer que a mesma, pós observada e muito pesquisada, chegue ao conhecimento dos pais, em busca da parceria no auxilio a estes alunos (o “agredido” e o “agressor”). Afinal, Renato Russo foi sábio ao escrever: “è preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”. O “amanhã” de nossos filhos nada mais é do que a colheita que você ajudou-o e colaborou para que ele plantasse hoje.

E a você, detentora deste nato saber, dona de um amor que transcende qualquer limitação, que mescla razão e emoção, em nome de um sorriso, que valoriza o primeiro balbucio, a primeira fruta, o primeiro passo, a primeira evacuação fora das fraldas, o primeiro rabisco, chamado de “bola”, a primeira letra de forma, a primeira junção silábica, a primeira formatura... mas que também supervaloriza a primeira febre, o primeiro dia da escola, as primeiras manhas, o frio e a chuva (insistindo para que se carregue uma blusa)... A você que recebe um “titulo nobre”, como o da Virgem Maria e que é eternamente símbolo dos “dedinhos” que formam um coração... Parabéns pelo seu dia que se aproxima, pelo seu mês que lhe simboliza, pela vida que nos deu... Parabéns a todas as MÃES, inclusive a minha! Até a próxima!

Dica de Leitura: “Bullying – mentes perigosas nas escolas” – Ana Beatriz Barbosa Silva. Ed Fontanar.

Valesca Souza

Psicóloga Clinica – Especialista em Neuropsicologia

terça-feira, 3 de maio de 2011

COMUNICADO

INFORMAMOS QUE SEGUIU VIA AGENDA UM COMUNICADO IMPORTANTE DE SAÚDE.
ESPERAMOS A COMPREENSÃO E COLABORAÇÃO DE TODOS OS PAIS.
ATENCIOSAMENTE,
DIREÇÃO

segunda-feira, 2 de maio de 2011

HOMENAGEM AO DIA DAS MÃES

Às Mães...

...às Mães que apesar das canseiras, dores e trabalhos, sorriem e riem, felizes, com os filhos amados ao peito, ao colo ou ao seu redor; e às que choram, doridas e inconsoláveis, a sua perda física, ou os vêem “perder-se” nos perigos inúmeros da sociedade violenta e desumana em que vivemos;
...às Mães ainda meninas, e às menos jovens, que contra ventos e marés, ultrapassando dificuldades de toda a ordem, têm a valentia de assumir uma gravidez - talvez inoportuna e indesejada – por saberem que a Vida é sempre um Bem Maior e um Dom que não se discute e, muito menos, quando se trata de um filho seu, pequeno ser frágil e indefeso que lhe foi confiado;
...às Mães que souberam sacrificar uma talvez brilhante carreira profissional, para darem prioridade à maternidade e à educação dos seus filhos e às que, quantas vezes precisamente por amor aos filhos, souberam ser firmes e educadoras, dizendo um “não” oportuno e salvador a muitos dos caprichos dos seus filhos adolescentes;
...às Mães precocemente envelhecidas, gastas e doentes, tantas vezes esquecidas de si mesmas e que hoje se sentem mais tristes e magoadas, talvez por não terem um filho que se lembre delas, de as abraçar e beijar;
...às Mães solitárias, paradas no tempo, não visitadas, não desejadas, e hoje abandonadas num quarto qualquer, num lar qualquer, na cidade ou no campo, e que talvez não tenham hoje, nem uma pessoa amiga que lhes leia ao menos uma carta dum filho...;
...também às Mães que não tendo dado à luz fisicamente, são Mães pelo coração e pelo espírito, pela generosidade e abnegação, para tantos que por mil razões não tiveram outra Mãe...e finalmente, também às Mães queridíssimas que já partiram deste mundo e que por certo repousam já num céu merecido e conquistado a pulso e sacrifício...
A todas as Mães, a todas sem exceção, um Abraço e um Beijo cheios de simpatia e de ternura! E Parabéns, mesmo que ninguém mais vos felicite! E Obrigado, mesmo que ninguém mais vos agradeça!

DIREÇÃO E EQUIPE NOSSO CANTINHO