segunda-feira, 30 de agosto de 2010

COMO É BOM SER CRIANÇA...

A família e a escola formam uma equipe. É fundamental que ambas sigam os mesmos princípios e critérios, bem como a mesma direção em relação aos objetivos que desejam atingir.

Ressalta-se que mesmo tendo objetivos em comum, cada uma deve fazer sua parte para que atinja o caminho do sucesso, que visa conduzir crianças e jovens a um futuro melhor. ideal é que família e escola tracem as mesmas metas de forma simultânea, propiciando ao aluno uma segurança na aprendizagem de forma que venha criar cidadãos críticos capazes de enfrentar a complexidade de situações que surgem na sociedade.

Existem diversas contribuições que tanto a família quanto a escola podem oferecer, propiciando o desenvolvimento pleno respectivamente dos seus filhos e dos seus alunos. Desta forma estaremos apresentando mensalmente, textos elaborados pela Psicóloga Valesca Souza para orientação aos pais.


CRIANÇA – doce magia de se poder mesclar CRIAR com ESPERANÇA – etapa inesquecível da vida!

Atualmente, todos aqueles que se “encaixam” nestas sete letras, por definição, podem orgulhar-se, pois é o tema de boa parte das pesquisas e descobertas de psicólogos, neuroscientistas e especialistas diversos, que surpreendem-se, com a criatividade, esperteza e inteligência de seus herdeiros.

Para os psicólogos a informação de que ‘algo não vai bem’ é dada pela criança através do jogar, brincar, imitar, fantasiar em um ambiente conhecido como Ludoterapia. E é sabido que o Desenvolvimento Psicológico da Criança inicia-se a partir do momento que a mulher comunica sua gravidez, afinal a formação da medula se dá na terceira semana de gestação, quando muitas ainda nem sabem que estão grávidas. É... quem pode supor que aquela sementinha já sente, pensa e causa tantas alterações! E mais, muitos descrêem, mas, alterações sofridas pelas mães neste momento refletem na formação psíquica da criança, que após nascer e crescer, brincam, e é só assim que se expressam, falam e revelam o que aprendem e sentem. E lá na frente, em sua memória, certamente, estará o dia em que seu pai soltou a mão e ela pôde pedalar sua bicicleta sem as rodinhas, sozinha...

Estamos nos aproximando de mais um “Dia das Crianças”, e os pais já estão sendo surpreendidos com a avalanche de anúncios na televisão e o filho ao seu lado a todo instante diz: ”Quero este”, “Me dá este”, “Meu amigo tem este, compra”. E aí ficam as dúvidas: “Vou comprar porque ele quer?”,”Por que o amigo tem e ele não pode ficar sem?”, “É muito caro, mas eu não tive e ele vai ter?”, “Não vou ceder... afinal vem Natal e o Papai Noel sou eu...”, ou, “Vale a pena, este brinquedo, além de ser um pedido dele, irá acrescentar em suas aquisições motoras, intelectuais e lúdicas?”.

É preciso parar e analisar o que está por traz de um pedido: realização de desejo, consumismo ou crescimento de um filho e assim, caminhar rumo à formação deste. Dar por dar, é não exercer o ato de “selecionar” o que tanto se anuncia: “estou fazendo isso para o seu bem”. Pedir, eles fazem a todo instante, saber ponderar datas e momentos (como Aniversário, Dia das Crianças e Natal) já é um bom começo para se trabalhar com questões como: limites, saber esperar, entender o valor do dinheiro, e ainda, valorizar e cuidar de um presente.

Sendo assim, minha “dica” para o próximo dia 12 de outubro, é antes de vocês, pais, “se jogarem” em uma loja de brinquedos, não serem seduzidos pelo “clic virtual” ou apenas pensarem no brilho dos olhos dos “pequenos”, que parem e reflitam: “Por quê e para quê estão dando este brinquedo ao seu filho?”.

Quanto ao tipo de brinquedo que se deve comprar, minha sugestão é: em primeiro lugar, busque a segurança da compra: o selo do Inmetro, na seqüência, analise a faixa etária do brinquedo (muito importante também, para poder explicar à criança, que não é só porque o melhor amigo tem, ou porque está na propaganda da TV, que é adequado a ele), e em seguida, as precauções com pequenas peças, pontiagudos, motivação, cores, estímulos aos sentidos e a capacidade cognitiva da criança (e aí cuidado com os brinquedos sonoros). Dêem brinquedos que mexem com a motricidade (massinhas, tintas, sujeira mesmo... a criança precisa disso), e, é claro o bolso... não é porque elas querem que deve deixar de olhar para os gastos, em nome de uma satisfação do filho de vocês (se podem, e têm condições, ótimo, se não, conversem – a melhor estratégia, até para um brinquedo, quando pauta-se a conversa e compreensão como bases da educação dos filhos).

Ah! algo muito importante: não dêem por dar, para ficar no armário como tantos outros. Interaja, sente no chão, brinque. Dependendo da idade de seu filho, busque jogos que a família possa participar (como quebra-cabeças e aqueles que envolvem mais de dois participantes), pois nada mais rico do que a participação qualitativa de um pai na vida lúdica de um filho – isso, será lembrado por ele não só hoje, mas sempre!

Falando em reciclagem... lembre-se: a criatividade de vocês, com a participação das crianças também faz a diferença... duas garrafas pet e uma pequena bola, faz-se um agradável Jogo de Boliche, onde tantas áreas podem ser estimuladas (matemática, força motora, ganhar e perder...), além da diversão!

Espero ter ajudado a cada um na decisão sobre a união do fazer feliz a todos em uma data tão linda, e que, quando se “abre os olhos” já passou. A infância é tão curta... deixem-na marcada aos filhos com acontecimentos e momentos saudáveis e inesquecíveis sempre! Lembrem-se: O Brincar é o melhor espaço do encontro que não tem tempo definido para acontecer, depende apenas da intensidade do olhar e da permissão para o jogo.

Feliz Dia das Crianças a TODOS!

Valesca Souza

Psicóloga Clinica – Especialista em Neuropsicologia

e-mail: valescasouza@gmail.com

2 comentários:

  1. Glau-Mãe do Enzo(Mater)3 de setembro de 2010 às 15:10

    Valesca, Parabéns pelo seu texto...Que belo conteúdo e ensinamento a nós que muitas vezes pecamos com alguns atos para somente agradar nossos filhos. Adorei e estarei sempre acompanhando pois sei que será sempre um grande aprendizado. Um abraço, Glau (Mãe do Enzo-Mater).

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  2. Valesca,
    Adorei o texto!
    Vai ser muito bom poder contar com a sua experiência para que possamos educar nossos filhos com amor e responsabilidade.
    Muito sucesso pra vc!
    Juliana - mãe do Guilherme (Jd I) e da Marina (Berçário)

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